Noether
Noether. Emmy Noether. Este foi o nome que desejei dar ao peixe que comprei a uns meses atrás. Noether foi uma mulher que colaborou imensamente para física e matemática. Seu teorema sobre simetrias é tão belo, que nenhum outro nome seria melhor para ele. Era pequeno, azul e serelepe. Sua calda, grande e serelepe igual. Diante de tantas opções para comprar àquele dia, ele era apenas mais um. Mas depois que o escolhi, fazia parte do era a minha vida. O êxtase era tamanho, que nem perguntei o sexo. Passei tempos sem saber. Mas de que importa, se eu o amava igual? Usava Noether como um nome unissex. Emmy nunca fez parte do seu nome.
O áquario que morava era minúsculo. Embora em mim guardasse uma vontade enorme de tê-lo, outra se corroía pela idéia de colaborar com esses aprisionamentos. Comprei um áquario maior, ainda assim pequeno, que me fazia sentir melhor pela situação que havia sido condicionado. Espero que ele tenho sentido o mesmo.
Eu deveria trocar a água toda semana e fornecer a ração todos os dias. Em todos os momentos que ficou comigo, surgiu ímpetos de melhorar sua vida. Um áquario maior, uma comida melhor, um amigo. Porém, peixes betas são brigões. Para mim, parecia muito dócio. Comida, dava todos os dias. Já limpar o seu lar, eu não o havia com tanta frequência.
Li que peixes betas são brincalhões. Tentei por poucas vezes que ele seguisse meu dedo na água. Conversei pouco, apenas quando lhe dava o que precisava para sobreviver. Sempre reclamei da condição que muitos humanos são submetidos: aquela de apenas sobreviver. Sendo assim, no tempo em que ele esteve comigo ( perguntei depois seu sexo), poderia ter utilizado meu tempo para que ele fosse mais feliz. Não o fiz. Me arrependo. Hoje ele está morto.
Nesta situação, morto. Morto eu o olhei. Seu corpo de defunto me deixava triste, era sombrio e acusava tudo que eu poderia ter feito e não fiz. Senti que sua morte me deixou próxima.Como pode? Após a morte, sentir-me mais próxima de Noether? Era uma forma de me redimir. Farei seu enterro.
Cuidei dele como se ainda tivesse tempo para isto. O trouxe ao interior que sempre visito e farei seu enterro aqui.
O áquario que morava era minúsculo. Embora em mim guardasse uma vontade enorme de tê-lo, outra se corroía pela idéia de colaborar com esses aprisionamentos. Comprei um áquario maior, ainda assim pequeno, que me fazia sentir melhor pela situação que havia sido condicionado. Espero que ele tenho sentido o mesmo.
Eu deveria trocar a água toda semana e fornecer a ração todos os dias. Em todos os momentos que ficou comigo, surgiu ímpetos de melhorar sua vida. Um áquario maior, uma comida melhor, um amigo. Porém, peixes betas são brigões. Para mim, parecia muito dócio. Comida, dava todos os dias. Já limpar o seu lar, eu não o havia com tanta frequência.
Li que peixes betas são brincalhões. Tentei por poucas vezes que ele seguisse meu dedo na água. Conversei pouco, apenas quando lhe dava o que precisava para sobreviver. Sempre reclamei da condição que muitos humanos são submetidos: aquela de apenas sobreviver. Sendo assim, no tempo em que ele esteve comigo ( perguntei depois seu sexo), poderia ter utilizado meu tempo para que ele fosse mais feliz. Não o fiz. Me arrependo. Hoje ele está morto.
Nesta situação, morto. Morto eu o olhei. Seu corpo de defunto me deixava triste, era sombrio e acusava tudo que eu poderia ter feito e não fiz. Senti que sua morte me deixou próxima.Como pode? Após a morte, sentir-me mais próxima de Noether? Era uma forma de me redimir. Farei seu enterro.
Cuidei dele como se ainda tivesse tempo para isto. O trouxe ao interior que sempre visito e farei seu enterro aqui.
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